quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mais um bocejo

Para mim a opção é simples: não vou votar em pessoas em cujas capacidades não acredito para um cargo que me parece, nos moldes actuais, completamente inútil.

Bandeira da página oficial da Presidência da República

7 comentários:

Paulo disse...

Desde que atingi a maioridade, só não votei uma vez porque estava no Algarve, em trabalho.
Desta vez, tomarei um comprimido para dormir todo o santo dia e não quero nem saber dos resultados das ditas.

Ludmila Ciuffi disse...

Também desisti de votar há algum tempo, Gi. Mas sei que posso voltar a fazê-lo quando encontrar um candidato que represente ao menos uma parcela daquilo que penso. Antigamente, votávamos com os partidos políticos. Desde que nossa democracia se consolidou, os partidos todos ficaram muito parecidos e suas propostas bastante homogêneas. O problema é que as propostas sociais que me parecem relevantes ficam todas somente no nível do discurso político. Resta ao eleitor escolher de acordo com o perfil pessoal de tal ou qual candidato. A objeção que faço sobre tal escolha, é que me parece inadequado confiar apenas no caráter e capacidade de um indivíduo para governar outros duzentos milhões de pessoas...

António Conceição disse...

A última vez que votei foi em 1991 ou 1992. Desde então o meu pensamento político evoluiu. Deixei de me considerar democrata e, consequentemente, deixei de votar. Votar significa aceitar que as escolhas dos eleitores valem todas o mesmo e, portanto, envolve o compromisso de aceitar os resultados eleitorais. Ora, eu não aceito que o meu voto valha o mesmo que o de um cretino, nem me vinculo a respeitar as escolhas dos cretinos. Como disse, não sou democrata. Logo, não voto.

PS- É verdade que votei no PSD nas últimas eleições legislativas. Mas esse não foi um voto verdadeiramente meu. Foi uma ordem que recebi.

Gi disse...

Dormir todo o santo dia, Paulo? Olha, se eu estiver em Lisboa desafio-te mas é para uma almoçarada.

Ludmila, entendo e concordo consigo. Mas há mais um detalhe: enquanto no Brasil o presidente é quem governa (ele e a sua equipa, claro), em Portugal o presidente não tem poderes executivos, e acaba por ser pouco mais que uma figura decorativa, ou seja, uma inutilidade. Que ainda por cima é cara.

Funes, eu também me tenho perguntado se todos os votos devem valer o mesmo, e às vezes parece-me que não. No Sporting, por exemplo, sei que os sócios mais antigos pesam mais que os mais recentes, e parece-me bem. Os antigos Romanos davam mais peso aos votos dos mais ricos, porque achavam que eles tinham mais a ganhar e a perder com as decisões gerais, e percebo o ponto de vista.
Contudo o problema pode pôr-se de outra forma, a nível dos direitos das minorias: como defender os que não concordam com o rumo a que são obrigados por decisão da maioria?

Paulo disse...

Ainda não tinha reparado numa coisa: devo estar em trabalho fora de Lisboa, pelo que escuso de tomar o comprimido. Fico é com pena por a almoçarada ter de ser adiada.

antonio disse...

Tambem eu não acredito nos candidatos e não sei mesmo se acredito na Républica. Mas se não acredito em nenhum dos candidatos, desacredito profundamente em alguns deles. Isto é, acredito que se alguns deles fizessem o que dizem se estivessem na presidência, o país caminharia ainda mais depressa para uma républica das bananas. Há uns mesmo que eu não queo que ganhe.

Gi disse...

Paulo, ooooohhh :-(

Antonio, devo deduzir que vais votar no que consideras o mal menor?