domingo, 25 de março de 2012

Dias dourados

Graças à informação do valkirio, vi ontem a transmissão directa online da ópera Evgeny Onegin a partir da Bayerische Staatsoper.
É uma encenação que fez furor na estreia em 2007 por enfatizar uma ligação homossexual entre Onegin e Lensky, corporizando os fantasmas de Onegin num bailado com cowboys em tronco nu e transformando o duelo num assassínio. Tem pelo menos o mérito de levantar questões sobre a liberdade dos intérpretes em relação aos autores, ou sobre a necessidade de um choque em vez de uma aproximação mais subtil.
Ontem o melhor cantor em palco pareceu-me ter sido o tenor Pavol Breslik. Aqui fica o seu Lensky de outra produção, registada o ano passado em Viena.

7 comentários:

mfc disse...

Sendo a favor (totalmente) da liberdade de opção sexual, mas confesso que no plano privado me choca.

Gi disse...

Mfc, talvez se tivesses tido toda a vida amigos gay fosse mais simples para ti.

Paulo disse...

(Não é opção, é orientação. Nenhum heterossexual o é porque optou; a escolha não se coloca.)

Pelo que vi, e foi apenas a primeira parte, Pavol Breslik também me pareceu o melhor cantor.

Gi disse...

(E por isso não se pode falar em liberdade, nem faz sentido ser a favor ou contra.)

Fanático_Um disse...

Assisti ao vivo. A melhor cantora foi, de longe, Ekaterina Scherbachenko que interpretou Tatiana. Para mim, esta opção faz perder todo o sentido da ópera do compositor.

Paulo disse...

Aguarda ansiosamente mais informações, Fanático_Um. Do que vi, não gostei.

Gi disse...

Também gostei da Scherbachenko. E também espero o seu post e a discussão da encenação que com certeza se seguirá.